Mary Barra, CEO da General Motors, anunciou que já em 2016, 14 novos modelos da Chevrolet produzidos ainda este ano, serão compatíveis com o Android Auto já em 2016.
Há mais de um ano que a integração de veículos com os principais sistemas operativos móveis é falada amplamente nos círculos automóveis, mas a parceria agora anunciada pela GM é na verdade o culminar de 2 anos de cooperação entre a empresa, a Google e a Apple, que também verá o CarPlay como opção.
O conceito de infotainment, palavra-valise de information e entertainment (informação e entretenimento), está definitivamente em alta, à medida que os diversos fabricantes de automóveis procuram atrair clientes através de informatização crescente, capaz de tornar a experiência da condução em algo verdadeiramente multimédia. Recentemente, o gigante Nvidia anunciou que irá alienar a divisão Icera que produz chips LTE, para se concentrar – entre outras coisas – em soluções de computação para veículos, mostrando o potencial de crescimento deste mercado.
No caso da Chevrolet, o sistema foi baptizado de MyLink e tem como unidades principais ecrãs de 7 ou 8 polegadas, aos quais os equipamentos móveis serão ligados através de USB. Uma vez estabelecida a conexão, os ecrãs dos veículos replicam com exactidão o telemóvel a eles ligados.
O que se pode fazer com o Android Auto
O Android Auto, anunciado em Junho de 2014 e finalmente lançado em Março de 2015, é uma tecnologia que visa a possibilidade de integração e operação a partir dos ecrãs de tablier dos veículos de equipamentos móveis com sistema operativo Android 5.0 ou superior. O grande foco do Android Auto é a segurança rodoviária, e por essa mesma razão será possível interagir com diversas funcionalidades do dispositivo móvel sem ter de largar o volante ou deixar de prestar atenção à estrada, graças ao grande ênfase nos comandos vocais, embora o Android Auto seja totalmente compatível com ecrãs tácteis ou com botões físicos.
Praticamente todas as funcionalidades dos equipamentos móveis poderão ser comandadas através dessa unidade central, incluindo a obtenção de dados de navegação e GPS, graças à utilização dos Google Maps e Google Now. Daqui se entende também, que a navegação na Internet e procura de informações na web se encontra bastante simplificada.
O sistema, no entanto, será verdadeiramente uma amálgama de informação e entretenimento, já que permitirá ainda aos condutores utilizarem apps de mensagens e comunicação de voz, ouvir música e controlar o sistema estéreo do veículo, recorrendo a apps como WhatsApp, ICQ, Skype, Google Play Music, Spotify, etc., mas obtendo igualmente informações sobre velocidade ou orientação. Deste modo, o condutor tem acesso imediato a uma quantidade verdadeiramente apreciável de informações e funcionalidades de entretenimento ou comunicação, sem ter de largar o volante por um segundo.
O Android Auto estará disponível em breve num total de 28 marcas de automóveis, e embora a jogada da General Motors seja bastante arrojada em número, é possível que a Hyunday a tenha ultrapassado, já que têm circulado indicações que os primeiros Hyundai Sonata compatíveis com o software já terão saído da linha de montagem e deverão começar a circular em breve. Fabricantes que vão desde as mais mundanas FIAT e Mahindra, às mais exclusivas Maserati e Bentley, passando por Volvo, Audi ou Abarth, juntar-se-ão em breve ao Android Auto.
Na Google I/O 2015, foi inclusivamente anunciado o novo Android M, substituto do Android 5, e que deverá estar disponível mais para o final do ano. Embora o Android M tenha um notório foco na segurança, duração da bateria ou experiência do utilizador, o que ainda não se sabe sobre o sistema tem levado ao surgimento de vários indícios de que o Android M, quando finalizado, poderá ser incluído nos próprios automóveis. Neste caso, falaremos de um Android Auto 2, que não necessitará de ligação entre os dispositivos móveis e os sistemas infotainment dos veículos, para um funcionamento muito mais fluído e que permitirá o acesso a praticamente todos os dados do funcionamento do veículo, de velocidade, a consumos ou temperaturas do motor.
Parece portanto que a partir de 2016, os automobilistas poderão ter ao seu alcance uma verdadeira revolução na experiência de condução, graças a abordagens como o Android Auto.